“Unindo Vozes contra a Violência de Gênero”

 

“Unindo Voze​s contra a Violência de Gênero”

A exposição “Unindo Voze​s contra a Violência de Gênero” destaca a união global das mulheres na luta para acabar com a violência baseada em gênero. Inspirada por eventos recentes, a exposição explora a tragédia ocorrida em Israel em 7 de outubro, quando milhares de terroristas fortemente armados do Hamas realizaram um ataque brutal e em grande escala.

No decorrer desse dia sombrio, 1.200 pessoas foram massacradas a sangue-frio, incluindo mulheres e meninas que se tornaram vítimas de violações, torturas, mutilações e execuções, somados aos sequestros de dezenas. A exposição não apenas narra esses eventos chocantes, mas também destaca a resposta global, ou a falta dela, diante dessas atrocidades.

Ao examinar as evidências documentadas em tempo real, incluindo vídeos, relatórios forenses e relatos de testemunhas oculares, questionamos o silêncio de organismos internacionais, organizações de direitos humanos, grupos de mulheres e parte da mídia mundial diante dessas violações hediondas.

A exposição instiga uma reflexão profunda sobre a necessidade urgente de condenar crimes contra a humanidade, como os perpetrados e responsabilizar seus autores. Ao fazer isso, destacamos a importância de aplicar consistentemente o direito internacional para proteger não apenas as mulheres israelenses, mas toda a comunidade internacional.

Esta exposição é composta por diferentes artistas. São 22 painéis e uma animação que traduzem a complexidade desse momento. Este projeto é uma realização da Federação Israelita do Estado de São Paulo, no Conjunto Nacional para dar voz a estas vítimas.

Unam-se a nós nesta exposição que busca promover a conscientização e reafirmar nosso compromisso coletivo com um mundo livre da violência de gênero.

Junt@s, podemos fazer a diferença.

Mais Informaçoes

Na terça-feira, 7 de novembro, a campanha será lançada com mais de 50 ilustrações retratando o terrível sofrimento de mulheres e meninas e exigindo o retorno de todos os reféns de Gaza.

“Unindo Vozes contra a Violência de Gênero”

Foi inaugurada ontem, no Conjunto Nacional, em São Paulo a exposição “Unindo Vozes Contra a Violência de Gênero”. A mostra, realizada pela primeira vez em Israel, tem a curadoria do Women Diplomats Network, do Ministério das Relações Exteriores do país. Em São Paulo está acontecendo por iniciativa do Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina da Federação israelita do Estado de São Paulo (ELF-Fisesp) com apoio cultural do Consulado Geral de Israel em São Paulo e do Grupo Sky. Presentes ao evento diplomatas, representantes públicos, lideranças políticas e comunitárias, além de muitas mulheres envolvidas no projeto.

A mostra reúne trabalhos de 14 artistas israelenses que, através de 22 ilustrações e uma animação, revelam de forma inegável como a violência contra as mulheres – humilhação, estupro, profanação e mutilação de corpos – fez parte de uma estratégia friamente planejada pelo grupo terrorista Hamas durante o ataque à população civil de 21 povoados e kibutzim do sul de Israel em 7 de outubro de 2023, muitos dos quais destruídos em sua quase totalidade. O ataque deixou mais de 1.200 mortos e milhares de feridos, além de 240 reféns levados para a Faixa de Gaza. Através de suas obras os artistas dão vozes àqueles que não podem falar.

Entre os visitantes eram visíveis sentimentos de tristeza, desconforto, indignação e, também, surpresa, pois muitos não imaginavam a extensão da tragédia acontecida no sul de Israel, que atingiu principalmente mulheres e crianças. A exposição despertou a atenção do público que transitava pelo Conjunto Nacional, a maioria detendo-se diante das obras e mostrando interesse pelo conteúdo.

O tema da violência contra a população feminina em situações de conflito é recorrente na agenda internacional das organizações feministas que, ao contrário, diante do ocorrido em Israel, levaram quase três meses para manifestarem seu apoio às mulheres judias. Esta exposição ressalta a importância e a necessidade de uma atuação conjunta, para não permitir que as atrocidades cometidas no sul de Israel se repitam novamente em outros lugares.

A relevância desta exposição foi ressaltada pelo cônsul geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, no momento em que se sabe que as mulheres, muitas jovens, ainda em mãos dos terroristas, continuam sendo vítimas de abusos e atrocidades. Agradeceu o empenho do grupo realizador para a concretização desta iniciativa.

Como destacou Miriam Vasserman, vice-presidente da Fisesp e coordenadora do Grupo ELF e desta exposição, “precisamos chamar a atenção sobre o uso do corpo da mulher como instrumento de guerra. É um crime contra toda humanidade. O mundo não pode se calar .

“A realização desse evento é também um alerta às  organizações humanitárias femininas, muitas das quais têm se silenciado sobre as atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas. O mundo não pode fechar os olhos apenas pelo fato de muitas dessas mulheres serem judias ou israelenses”, concluiu o presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Marcos Knobel.

Ricardo Berkiensztat, diretor executivo da Fisesp, dirigiu-se às responsáveis por trazer essa mostra: “Vocês nos enchem de orgulho, somos uma comunidade unida, orgulhosa de dizer ‘somos brasileiros, judeus e sionistas’, não ao silêncio!”.

Ricardo Blay Levisky, grande apoiador, propiciou a realização no Conjunto Nacional, que oferece uma grande visibilidade e possibilita a população observar as obras sem custos de ingresso. Fernanda Kalim, co-organizadora, arregimentou mulheres que se engajaram imediatamente e fizeram a exposição acontecer.

Alguns artistas buscaram inspiração em trabalhos clássicos de Marc Chagal – como as ilustrações de Keren Shpilsher, que se inspirou em “Au-dessus de la ville rouge”, trabalho de Marc Chagal, a partir do qual inclui elementos como manchas vermelhas, numa referência ao sangue das vítimas do terror, e uma tarja comum nas cenas de crimes na qual escreve em hebraico “Proibido Passar”. Em a “A última Dança”, Marian Boo transformou a famosa “The Dance”, de Henri Matisse, em algo chocante. As mulheres retratadas em seu quadro não ficam extasiadas com a alegria de espírito livre enquanto giram de mãos dadas. Elas estão encharcadas de sangue, dançando em uma poça.

A única animação da mostra é uma criação da cineasta Shaylee Atary. Seu marido, o também cineasta Yahav Winner, foi uma das milhares de vítimas do ataque terrorista do Hamas. O casal vivia no Kibutz Kfar Aza com sua filha recém-nascida Shaya quando o local foi invadido. Começava o pesadelo. Yahav morreu tentando proteger a família. Depois de 26 horas escondida, Shaylee conseguiu fugir com sua filha. Ao saber da morte de seu marido através de um noticiário de televisão, Shaylee dirigiu-se ao hospital onde fora levado o corpo de Yahav com um pedido: que fosse coletado esperma de Yahav para que ela pudesse, através de um processo de fertilização, ter mais um filho do marido no futuro. Infelizmente, era tarde demais! Os médicos já não podiam atender o seu pedido. É esta história que Shaylee conta no vídeo.

A mostra conta com a participação dos artistas, todos israelenses, Geffen Rafaeli, Hagit Frenkel, Keren Shpilsher, Marian Boo, Merav Shinn, Ben Alon, Noa Kelner, Omer Zimmerman, Or Yogev, Oren Fischer, Orit Magia Schwalb, Reut Asimani, Sigal Rak Viente, Tamar Kharitonov e Zoya Cherkassky.

Dada a relevância da mostra, várias cidades no País mostraram interesse em recebê-la. A exposição ficará aberta à visitação gratuita, em São Paulo, no andar térreo do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, até dia 21 de fevereiro.