Na tarde dessa 4ª feira (8/09), representantes do ELF/ FISESP, visitaram a Casa da Mulher Brasileira, sob a gestão da Secretaria Municipal de Direitos Humanos. Participaram da visita Miriam Vasserman- coordenadora do ELF, Ruth Hochheimer Engeleberg- coordenadora de comunicação, Luciana Feldman- coordenadora Advocacy e Ana Lucia Livovschi- assessora executiva da FISESP. O grupo foi muito bem recebido pela Coordenadora de Políticas para Mulheres e Coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Ana Cristina de Souza.
O espaço, que fica na Rua Vieira Ravasco, 26, no Cambuci, tem quase 4000 m2 e atende 24 horas por dia para prestar serviços integrais e humanizados para mulheres em situação de violência. É a primeira desse modelo no Estado de São Paulo e a sétima no país. Atendem em torno de 2000 mulheres por mês e 1500 por telefone. A orientação é que entrem em contato através do 156, onde terão pessoas treinadas, que redirecionarão para o serviço.
As mulheres em situação de violência que procurarem o local encontrarão serviços de acolhimento e escuta qualificada por meio de uma equipe multidisciplinar: Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) com ações de prevenção, proteção e investigação dos crimes de violência doméstica; Ministério Público, com atuação na ação penal dos crimes de violência; Defensoria Pública, com orientação às mulheres sobre seus direitos e assistência jurídica; Tribunal de Justiça, responsável pelos processos, julgamentos e execução das causas relacionadas à violência; um destacamento do programa Guardiã Maria da Penha da Guarda Civil Metropolitana para proteger as vítimas; e também um alojamento de acolhimento provisório para os casos de iminência de morte.
O principal objetivo do equipamento é reorganizar a vida dessas mulheres, ajudá-las a recuperar a auto estima e depois encaminhá-las para o mercado de trabalho, através do Programa Tem Saída, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, entre outros.
“A nossa missão é quebrar a rota crítica, para não correr o risco de perder essa vítima. Ao chegar na Casa da Mulher Brasileira, elas recebem todo um acolhimento, além do atendimento jurídico e policial. Muitas vezes saem da Casa com medida protetiva e mandado de busca e apreensão para pegar o filho das mãos do agressor. Isso faz com que ela tome coragem de seguir em frente. Se a mulher depois de tudo, quiser voltar com o marido, nós a orientamos, apresentamos todos os riscos e sempre deixamos a porta aberta, caso ela queira retornar”, disse Ana Cristina.
Ficou combinada uma reunião virtual com todas as voluntárias do ELF/ FISESP e depois visitas monitoradas ao equipamento, em grupos de 5 pessoas.