Com o objetivo de ampliar a discussão do enfrentamento à violência doméstica e conscientizar a população sobre o combate às agressões físicas e mentais contra as mulheres, foi criado o Agosto Lilás.
Celebrado nacionalmente desde 2018, com a realização de diversas campanhas ao longo do mês para difundir informações, levar o debate para a sociedade e combater formas de agressão e discriminação contra a mulher.
De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) referente a 2019, o Brasil é o 5º país no ranking de violência doméstica no mundo, com mais de um milhão de processos em trâmite na Justiça. Desta forma, é fundamental que toda a sociedade esteja atenta aos sinais, que nem sempre se revelam apenas em atos de agressão física.
A pandemia do coronavírus tem impactado de maneira ainda mais severa a vida das mulheres em todo o mundo. Com o isolamento, os índices de violência doméstica têm aumentado.
O confinamento amplia o acirramento das tensões de um relacionamento abusivo e reduz as condições da mulher de conseguir ajuda, aumentando os riscos.
É um momento desafiador de angustia e muito sofrimento, o que pode desencadear desgastes, brigas entre familiares e casais e com isso aumentar a violência doméstica contra a mulher.
O Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina da Federação Israelita do Estado de São Paulo, é responsável pelo Programa de Acolhimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica na Comunidade Judaica e tem atendido muitas mulheres.
Em qualquer circunstância a violência deve ser denunciada. É importante que ela receba apoio, inclusive (e principalmente) psicológico, e saiba com quem contar em um momento como esse.
A Lei Maria da Penha é a maior diretriz que garante a seguridade da mulher diante de ocorrências de agressão, e surgiu exatamente da constatação sobre a necessidade de se estabelecer mecanismos eficazes de combate a esse comportamento. Segundo a lei, agressão não é apenas aquela que deixa marcas físicas. Embora a violência física e o abuso sexual sejam mais evidentes, outros tipos de violência também causam sofrimento e podem ser punidos.
A legislação também condena casos de violência emocional ou psicológica, como xingar, humilhar, ameaçar, fazer a mulher acreditar que está ficando louca e controlar tudo o que ela faz; patrimonial, como controlar ou tirar o dinheiro da mulher ou destruir seus objetos; e moral, que consiste em humilhar a vítima publicamente e expor sua vida íntima.
É importante que todos fiquem atentos aos canais de denúncia disponíveis e, se possível compartilhar estas informações com o maior número de pessoas para que qualquer caso de violência contra a mulher não fique impune.
Participe dessa grande ação de conscientização compartilhando a hashtag #agostolilás em suas redes sociais.