Nesta 2ª feira (4/09) aconteceu o Encontro Mensal do ELF/ FISESP. A palestrante foi Rebeca Serrano, graduada em Ciências Sociais pela Unesp de Marília. Mestre em Letras, no Programa de Estudos Judaicos da Universidade de São Paulo e mestre em Estudos do Holocausto pela Universidade de Haifa, em Israel. A moderação foi feita por Karina Hotimsky Iguelka – Psicóloga e Psicanalista pelo Instituto Sedes Sapientiae. Coordenadora do Projeto Marcha da Vida do Fundo Comunitário.
Rebeca falou sobre o livro “A luz dos dias – A história não contada das mulheres lutadoras da resistência nos guetos de Hitler”, que deve ser lançado em breve no Brasil. No livro, a historiadora Judy Batalion resgata histórias da resistência feminina à ditadura de Adolf Hitler na Polônia ocupada. Na narrativa ela recupera uma parte importante da história que, por muito tempo foi ignorada.
Embora o caminho comum para as vítimas do Holocausto era a morte, mulheres e homens seguiam caminhos diferentes. Entendia-se que a mulher podia morrer porque era mais frágil para o trabalho, mulher grávida ou com criança no colo eram mortas, mulheres perdiam suas famílias, mas criavam outros laços familiares. Mulheres sofriam estupros, humilhações, tinham seus cabelos raspados. As estratégias eram diferentes.
A resistência foi uma forma dessas pessoas terem um pouco de dignidade com tudo o que sofreram nas mãos dos nazistas. Tinham vários tipos de resistência, como jejuar no gueto, sabotagem das mulheres que eram espiãs, mulheres que se passavam por polonesas, documentando o que estavam acontecendo, salvando livros, cuidando dos filhos, a maternidade….No entanto tiveram várias pessoas que não tiveram a chance de resistir a nada.
Muitas mulheres não contaram suas histórias, porque não queriam que suas famílias soubessem pelo que passaram.
O Holocausto é um dos momentos mais cruéis da nossa história, onde inocentes foram brutalmente humilhados, escravizados e assassinados. Sem dúvida alguma as mulheres sofreram muito mais.
Essa história deve sim ser lembrada, para que nunca mais se repita. Holocausto nunca mais!